Me identifiquei bastante, opéia. Dos 13 aos 15 destruí minha vida também, mas é tudo recuperável, e você vai perceber futuramente. Acho que posso te ajudar.
O que eu fiz foi namorar seriamente com um garoto de 18 anos enquanto eu tinha 13. Fiz minha família aceitar, dormíamos juntos, meu pai obviamente parou de falar comigo e ficamos sem contato por cerca de 1 ano e meio. Depois que terminei o relacionamento, aos 14, passei a usar drogas, ir mal na escola, sair todos os dias, beber, me envolver com más pessoas, tratar mal minha família, passar dias fora de casa, me relacionar com homens mais velhos assim como você, basicamente virei rebelde sem causa.
Aos 15, eu tive uma epifania e mudei de vida completamente, senti uma vontade indescritível dentro de mim de dar orgulho aos meus pais, era simplesmente tudo o que eu queria fazer. Parei de falar com todos os meus amigos, não saí mais de casa, parei de ter relações, parei de beber e usar drogas, comecei frequentar a igreja e minha vida se resumia em estudar.
Nesse período, eu sentia uma vergonha, repulsa e profundo arrependimento por tudo o que eu tinha vivido aos 13. Se eu ouvia alguma música que ouvira naquela fase, tinha uma crise de pânico imediatamente. Eu me odiava, odiava meu passado profundamente. Isso me trouxe diversos problemas psicológicos. Ao mesmo tempo em que eu tinha aquele desejo de dar orgulho aos meus pais, eu não tinha a menor vontade de continuar viva. Felizmente o primeiro sentimento foi maior.
Fiz terapia com psicólogo, fui ao psiquiatra e fui melhorando aos poucos. Entendi que todo mundo faz merda quando é novo, e eu não podia continuar me julgando com o olhar de hoje, sendo que as minhas escolhas não foram com as experiências de hoje. Quando você é adolescente, você quer provar pra todo mundo que você é mais adulto do que os adolescentes comuns, e acaba fazendo más escolhas nessa tentativa. Mas só quando você vira adulto, entende que isso não leva a nada e, sobretudo, você não é o seu passado, você é o que você é hoje. Apenas isso.
Aos 23, já não me arrependo do que fiz, todas aquelas experiências fazem parte da minha formação. Eu precisei ter a fase rebelde e a fase depressiva. Aprendi muito sobre mim, sobre a vida, sobre escolhas e aceitação.
Hoje posso garantir que dou orgulho aos meus pais e ao mesmo tempo aproveito a vida. Durante a semana eu trabalho, estudo e passo bastante tempo com a minha família. Aos finais de semana, s
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