Olá, queria relatar alguns pensamentos que ando tendo recentemente, no qual deve ter passado na mente de ao menos 1 anãzinha deste recinto também. Admito que sempre fui uma pessoa bastante gentil desde a minha adolescência, mas não sei muito bem se isso seria o suficiente para descrever meus atos daquela época… Podemos dizer que "altruísmo" era uma das principais características minhas. Assim como descrito no próprio nome, já passei por tamanhas humilhações o bastante para fazer questionar minha moralidade e princípios. Pensei que, se eu passasse a ser uma pessoa terrível como aqueles me machucaram, e providenciar gentilezas somente para um grupo seletivo de pessoas, não passaria mais por essas coisas. Afinal, naquela época, as pessoas agora teriam que provar para mim se elas valem a pena desperdiçar meu tempo com. Eu cresci, ainda sendo adepta à esse tipo de pensamento. Por mais que tenha sim me ajudado em situações que eu tinha que simplesmente dar o foda-se ao invés de tentar sequer algum diálogo, ainda assim é tão solitário. Cheguei à um ponto onde eu ameaçava pessoas e mantinha vigilância sobre o que elas faziam apenas ao caso delas fazerem algo ruim comigo primeiro, um fruto de uma enorme desconfiança minha que começou a brotar contra as pessoas em minha volta e à sociedade num geral. Essa forma egoísta de ser, no qual a pequena eu achava ser a forma "certa" de ser humano (pois na minha mente, humanos devem ser monstros horríveis para se adaptar) começou a me fazer mal, desesperançosa até. Eu queria ser melhor com as pessoas, ter alguém para cuidar que também cuide de mim, e queria que meu esforço sobre elas também seja retribuído. O altruísmo de antes doía, e o exato oposto disto também dói em mim. Existem tantas pessoas ruins e impuras neste mundo que não sentiriam nada do que eu sinto ao serem más, eu passei a descredibilizar e duvidar da empatia do ser humano mesmo eu desejando justamente disso. É difícil para mim, e queria que pelo menos uma única pessoa possa me dar conselhos, alguém que já esteve no meu lugar. A única coisa que consigo tirar isso, além do fato de eu estar infeliz e ainda empatizar até com as pessoas que me fizeram mal, é que minha desconfiança não passa de uma insegurança interna de alguém fraco, se escondendo como alguém grandioso.
Isso parece bastante com um início de raiz narcísica.
Você não consegui um equilíbrio, garota. Não sei se a palavra é intensa, mas você está indo a dois extremos distintos muito rápido. A solução não seria o equilíbrio? Existe pessoas boas, existe pessoas más, isso é o mundo. Não dar pra saber quem vai ser bom ou ruim com você. Porém a solução não é se isolar, nem muito menos confiar em todo mundo. Como eu disse: equilíbrio, garota.